AGENDA SEMANAL

IGREJA CRISTÃ BETÂNIA
Rua do Catete - 102 Catete - Rio de Janeiro

Domingo - 09:30 hs - Estudos Dominicais
10:30 hs - Culto
19h - Culto

Segunda - 19:30 hs - Oração

Quarta - 19:30 hs - Culto - Noite de Milagres

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Uma pérola guardada pelos Filipenses - Fp. 2.5-11

Uma pérola guardada pelos Filipenses - Fp. 2.5-11
        Sim! Podemos dizer que estes versículos da carta do apóstolo a amada igreja de Filipenses é uma pérola que Paulo faz questão de incluir na sua carta. Talvez uma tentativa de preservar esta nobre e relevante declaração de fé.
       O texto tem o zelo de mostrar as várias etapas do ministério de Cristo. Desta forma o nomeamos de o hino cristológico. Existe nestes versículos uma jornada feita por Jesus que o texto nos leva a perceber com muita profundidade. O “v.6” parte da igualdade com Deus, entretanto, o “v.8” Cristo se abaixa, até a morte de cruz. Para então, no “v.11” assumir o nome que o eleva até ser glorificado como Senhor.
        É um texto escrito, mas dinâmico, que aponta para um movimento, é uma tentativa de descrever a caminha de Jesus e consequentemente a caminhada que fazem seus seguidores. Intrinsecamente, dentro deste texto está a trajetória de todos aqueles que querem seguir a Jesus. Uma implicação contundente que nos chama a descer para depois ser elevado.
        O texto é dividido em dois movimentos, comentarei sobre o primeiro movimento e continuarei na próxima semana o segundo. Neste sentido, percorre-se no texto degraus de existência de Jesus, foi homem, preso, morto e crucificado. Assim, o “v. 6” nos diz: “subsistindo na forma de Deus, não usurpou ser igual a Deus...”, ou seja, Cristo tinha a forma de Deus. Possuía todos os atributos. Mas, não ficou apegado a essa igualdade com Deus. Ele assumiu sua condição humana, contrariando o primeiro Adão que queria se tornar “Deus”, esta é a tentação, ser conhecedor do “bem e do mal” (Gn3.5).
         Neste primeiro movimento da vida de Jesus é preciso refletir. Pode-se viver em um paraíso e encontrar Deus todas as tardes. Mas, cuidado com a religiosidade, ela pode te levar a presunção de se achar tão íntimo de Deus e querer se colocar no lugar DELE! Ser tão convicto sobre como Deus procede ao ponto de somente você está certo e ter todas as opiniões sobre Deus. Pelo simples fato que a religiosidade te leva a acreditar que você é único(a) que sabe tudo sobre Deus. Cuidado, isso também é uma forma de tentação! Isso não é conhecer Deus e sim ser apegado por conceitos religiosos. Atenção, para não se tornar uma pessoa extremamente “religiosa” e pouco cristã.  A “serpente” da religiosidade alienante tem impregnado as igrejas evangélicas e produzido em muitas pessoas o desejo de se tornarem “deuses”. Pelo simples fato que produziram um “deus” que esta a sua disposição para fazer por eles tudo o que precisam. A única coisa que precisa ser feita é agradar à “Deus”. Um “deus” que exige ser agradado o tempo todo para realizar minhas vontades não é cristão é pagão. O que eu sei é que um “deus” que faz tudo por você, não é pregado nos evangelhos e sim no paganismo. O que os evangelhos me dizem é que quem ofereceu tudo para Jesus se ele o agradasse não foi Deus e sim o adversário do projeto de Deus na tentação que Jesus superou no deserto.                    

 Rev Sergio Ovidio, Sempre N’Ele que não é religioso

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Entre o Reino de Deus e o meu... - II

Entre o Reino de Deus e o meu... - II
Roteiro de Matipó-MG

             Em cada lugar uma experiência. Em cada conversa a dor revelada e a necessidade de como igreja fazer alguma coisa. Em cada história de vida do povo sofrido um desejo ardente de ser Igreja, mas não somente visitar, tirar fotografias, pintar algumas casas e ter ações paliativas. Matipó, gerou no meu coração que ações missionárias precisam chegar, permanecer e ajudar na transformação do local a partir do evangelho. Conheço muitas histórias tristes, mas Matipó tem seu lugar no meu coração. “É terra ”dos Julimares”, “das Julianas”, dos “pastores como Luiz Souza". Pastor este que não tem programa na televisão, é um desconhecido, mas participa relevantemente mesmo sem recursos, sem apoio, este homem trabalha exaustivamente na transformação daquelas vidas através do evangelho que a ele foi confiado.
           Sinceramente, não sei como aconteceu e desencadeou minha visita junto com o Daniel à Matipó. Encontrei em Matipó um pastor que luta contra todos os instrumentos que abafam a esperança. Encontrei uma cidade com quarenta e três igrejas e por isso levanto o questionamento: o que estão fazendo? Com esta quantidade de igrejas deveriam no mínimo provocar alguma transformação social e política. Mas, pelo contrário, parece-me que tanto o poder político quanto o religioso querem esgotar as últimas possibilidade de esperança daquele povo sem acenar para uma perspectiva de mudança. Portanto, não sejamos mais uma! Mas, uma igreja comprometida com os valores éticos do evangelho. Encontramos em Matipó uma missão, que possamos ser voz de denúncia contra todo exagero que destrói a vida e a dignidade, principalmente dos mais pobres. Com tantas pessoas carentes e necessitadas no Rio, por quê Matipó? Compreendo que em cada lugar existe uma necessidade, mas fui chamado para ir até os confins da terra, não existem limites para a igreja. Portanto, vamos a todos os lugares que Deus assim desejar e cumprir com seriedade o "eis-me aqui, envia-me a mim". Deus nos chamou para um grande desafio e não retrocederemos, cumpriremos cabalmente o que a nós foi confiado. Quanto a nós da Betânia, será impossível distanciar nosso coração de Matipó-MG.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Entre o Reino de Deus e o meu...

   “Curem os doentes que ali houver e digam-lhes: O Reino de Deus está próximo de vocês.”
                                                                                                                                           Lucas 10:9

                 Ele mandou os discípulos curarem todos que precisassem com a proclamação que o Reino de Deus estava próximo. Hoje, pode-se constatar com veracidade que muitos supostos "apóstolos" modernos só conseguem curar determinadas doenças em determinados horários. É inquietante observar que para as curas acontecerem os holofotes e câmeras precisam estar sempre ligadas. Como se os milagres que Deus realiza através da sua graça e amor precisassem passar por edição para depois serem exibidos em rede nacional. O que estamos presenciando atualmente é um assombroso meio de manipulação das obras de Deus. Para a “exaltação” de determinado ministério na terra entorta-se o projeto do Reino de Deus e os seus valores para que o “ministério” se torne mais importante que o Reino de Deus. Busca-se a valorização do “ministério” como tentativa de mostrar-se o mais “santo” para opinião pública evangélica. Os impérios de “cura” e “libertação” que existem hoje estão muito distantes daquilo que Jesus esperava dos seus discípulos. A graça de Deus parece que esta condicionada, como o anjo do tanque de Betesda, que se manifestava eventualmente, eventos de cura e milagre só acontecem em determinado horário ou culto. O que Jesus nos mostra é que não existe tempo ou lugar para anunciarmos aos doentes que o “O Reino de Deus está próximo”. "Curem os doentes que ali houver" ele disse. Ou seja, não há limites, lugar e não existe hora estabelecida para curar. Por que será que há essa diferença? Indubitavelmente não era uma mensagem de curas ou de prosperidade de acordo com a oferta. Era a mensagem da vinda do Reino, e o Reino de Deus tem com prerrogativa a restauração de todos os doentes. O Reino de Deus é o estabelecimento do reinado de Deus na terra. Quando Deus instaurar sua morada em nosso meio, estejamos com ou sem salário isto não vai fazer a diferença, porque o mais importante é a presença de Deus em nós e entre nós. Reino significa também nossa rendição ao domínio de Deus, nossa submissão à vontade d’Ele e a realização de um mundo justo para todos. Pregar o Reino de Deus é abandonar o “meu reino”. Será que é este “Reino” que estão anunciando?
                                                                                                                                      Rev Sérgio Ovidio