AGENDA SEMANAL

IGREJA CRISTÃ BETÂNIA
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19h - Culto

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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Não existe outra mensagem, outro evangelho, é o que nos diz Paulo.

Não existe outra mensagem, outro evangelho, é o que nos diz Paulo.
     Uma contribuição relevante do Apóstolo Paulo é a sua elaboração dos primeiros conteúdos da fé cristã. Paulo consegue dar forma através de suas cartas àquilo que todos comentavam e anunciavam sobre o que seria a fé cristã. O que fez o apóstolo, além das viagens missionárias e as pregações aos gentios? Paulo nos seus escritos consegue nos mostrar que o evangelho não é simplesmente mais uma corrente religiosa como tantas que existiam. Para Paulo existe uma pessoa viva dentro dos evangelhos, Jesus de Nazaré está lá dentro vivo e nos encontrando pelos caminhos da nossa existência.
     Transpõe a agitação diante do túmulo vazio, na manhã daquele primeiro dia da semana depois do sábado da Páscoa do ano 30 d.C. O que marca verdadeiramente o apóstolo dos gentios não são os relatos sobre o sepulcro vazio, mas é a forma como Jesus tocou profundamente o seu coração, para a partir desta experiência viver. Repetidas vezes ele anunciou e reviveu o que experimentou no caminho para Damasco.
     O que é o evangelho? O Evangelho é Jesus, Mestre supremo e Pastor laborioso, que se serve da mente, da vontade, do coração, das forças físicas dos fiéis para pensar, querer, amar e agir. Uma força interior que dilata todas as dimensões do nosso ser. Para Paulo não existe outro Evangelho. Este é o grande diferencial da experiência de Damasco que tocou profundamente o mundo interior de Paulo.
      Após este encontro fundamental tudo se tornou irrelevante para Paulo, tudo mais passou a representar nada. Para ele, hebreu, pertencente à tribo de Benjamim, circuncidado, a formação farisaica passou a ser insignificante diante do maior encontro que ele poderia ter experimentado. Precisamos desta mesma entrega, pois um dia nos encontramos com o Cristo nos nossos caminhos para “Damasco”. Qualquer experiência torna-se nada quando comparada ao conhecimento de Jesus Cristo. É esse encontro que nos sentimos arrebatados sem tirar os pés do chão. Preso não por obrigação, mas preso porque Ele me libertou. Não estou preso, fui conquistado pelo seu amor e sua graça. Decidido, Paulo é contundente e escreve aos crentes da Galácia: “Se nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse Evangelho diverso daquele que vos pregamos, seja anátema”.
Podemos nos livrar dos nossos medos, eliminar as seguranças que nos apoiamos e desmascarar compromissos aninhados que estão distantes do Senhor. Nossa segurança e suporte não estão atrelados a observância da Lei, prática da circuncisão, dogmas, muros institucionais, no centro deve estar Cristo, somente Ele!

Rev Sergio Ovidio, sempre n’Ele...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Deus tem chamado você para uma grande obra! - Is. 6.1-8


Deus tem chamado você para uma grande obra! - Is .6.1-8

          Tendo como base o texto que denominamos o “chamado de Isaías”. Busco tentar resgatar em você aspectos do chamado de Deus para sua vida que podem estar latentes. Espero que após a leitura das diversas experiências vocacionais na bíblia e o contexto que desencadeou cada chamado você possa resgatar o “eis-me aqui, envia-me a mim". Em tempos idos eu acredito que você fez esta declaração e por algumas questões sucumbiu ao desânimo, portanto, proponho-me neste texto expor experiências de personagens bíblicos para despertar a vocação adormecida em você com o mesmo sentido, significado, relevância e disposição.
          O chamado sempre será anunciado em circunstância adversa: Moisés Povo escravo no Egito; Gideão Luta pelo assentamento em Canaã; Jeremias Egito e Babilônia lutavam pela posse da Terra de Canaã; Isaías Guerra contra o Sírios e morte do Rei Uzias. O chamado acontece durante as ocupações corriqueiras ou ordinárias: Moisés Apascentava o rebanho de Jetro; Gideão Malhava trigo no lagar; Jeremias Estava envolvido com suas questões de adolescente; Isaías Meditava no templo de Jerusalém. O chamado tem sempre uma finalidade e um propósito específico: Moisés Libertar o povo; Gideão Libertar os Hebreus dos midianitas; Jeremias– Derrubar o que é inútil e construir uma vida na presença de Deus; Isaías Resgatar no Povo a fé no Deus Todo-Poderoso. O chamado no primeiro momento pode assustar – causa perplexidade, coloca-se objeções e relatamos dificuldades: Moisés Quem sou para ir e tirar o povo; Gideão A minha família é a mais pobre; Jeremias Não sei falar, porque não passo de uma criança; Isaías Sou um homem de impuros lábios!
          Busque romper com estes ensaios que você faz para iniciar a obra de Deus na sua vida. Urge a decisão de deixar de ficar parado à beira do desejo de iniciar para de forma intrépida e ousada dar o primeiro passo. A maior grandeza e nobreza do chamamento é verificar que Deus não leva em consideração condição social, econômica, nível de cultura, idade e pureza da vocação. 

n`Ele que chama à todos com imparcialidade,
  1. Pr Sérgio Ovidio

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Uma pérola guardada pelos Filipenses. Parte-III - Fp. 2.5-11

Uma pérola guardada pelos Filipenses. Parte-III - Fp. 2.5-11

Paulo registra em sua carta aos Corintios que a vergonha, Deus transformou em celebração da vida, cf: 1 Co 1.18 – “Palavra da cruz é loucura, mas para nós poder de Deus”. O texto aos Filipenses relata o segundo movimento em direção a exaltação e a glorificação. O caminho feito por Jesus da humilhação à glorificação é o caminho para os filipenses e para nós. Não há estrada para Deus e a pregação do estabelecimento do Reino de Deus, sem antes passa pela descida, pela dor, pela privação, pelo despojamento e pela cruz. Pois, a pregação do Reino de Deus é denúncia contra a injustiça no mundo, portanto, sofreremos a privação, a perseguição por parte dos opressores e injustos deste mundo.  
      A pregação do evangelho não se submete as conveniências institucionais e desejo dos poderosos. O compromisso de quem prega o evangelho é com Deus. Não tememos as afrontas e às perseguições para pregar que o Reino de Deus está próximo. Dentro de nós adormece e desperta a certeza dos Filipenses que o momento de exaltação para aqueles que tem compromisso com a justiça do Reino de Deus se aproxima como foi expressa nas etapas de vida do ressuscitado.
        A fé leva-me a crer que entre a descida e a subida, entre a humilhação e a exaltação, entre a cruz e a ressurreição existe um laço de afinidade, pois diz: Por isso Deus o sobre exaltou grandemente e o agraciou com um nome que está sobre todo nome”. Na exaltação Ele é chamado de Senhor – nome divino como Deus. Com este nome divino Jesus é adorado. “Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho”. Dobrar os joelhos no sentido de adoração rendidos a Deus. Inclui nesta adoração a totalidade do universo – Céu e terra. Uma confissão de fé – toda língua - todo universo vai proclamar!                     
        Paulo foi tocado pessoalmente por esse encontro fundamental com Jesus, confessou e permaneceu fiel ao seu chamado para sempre. Jesus tornou-se grande referencial para Paulo e deve ser para nós. Em um mundo sem referência! Sem líderes legitimamente éticos. Paulo tinha Jesus como seu maior exemplo e referência. Esse deve ser o nosso objetivo. A Igreja de filipenses era um referencial a serviço do evangelho. Esta igreja deve ser o modelo que precisamos seguir. Para que todos possam falar da nossa igreja como Paulo escreveu sobre a igreja de Filipenses em Fp 1.3: “dou graça ao meu Deus por tudo que recordo de vós”
Rev Sérgio Ovidio

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Uma pérola guardada pelos Filipenses. Parte-II - Fp. 2.5-11

Uma pérola guardada pelos Filipenses. Parte-II - Fp. 2.5-11

       Continuo sobre o primeiro movimento do ministério de Jesus de acordo com o texto acima. É um deslocar-se não para o alto, como muitos “líderes” religiosos anunciam que devemos estar. Mas, é uma ação contrária a tudo que é pregado atualmente, pois o movimento de Jesus é para baixo, de descida, de humilhação e de simplicidade. Mesmo possuindo todos os atributos, “não usurpou ser igual a Deus”. Não ficou apegado a essa igualdade, assumiu sua condição humana, contrapôs o primeiro Adão e o seu desejo de ser conhecedor do “bem e do mal”. Esta é a primeira tentação e o pecado original de todo ser humano. “Cair” não está relacionado ao pecado moral institucionalizado. Transponha este pensamento superficial e busque uma interpretação mais coerente sobre o que é pecado. Pecado original é o orgulho e a autonomia desenfreada. É abrir mão de depender de Deus para determinar minha vida como eu desejar. O novo testamento informa que Jesus foi homem como outro qualquer, mas sem pecado. Portanto, nunca deixou de depender de Deus. Conduziu sua vida pelas motivações de Deus. Nas palavras do mestre da galileia:“...minha comida e minha bebida é fazer a vontade d’Aquele que me enviou..”, em outro momento ele declara: “Eu Sou a videira, meu Pai é o agricultor”, poderia existir estado de vida mais belo do que esta dependência livre e voluntária, esta subordinação só pode ser entendida ser for motivada pelo amor. Por isso ele é sem pecado! Porque nunca usurpou ser igual a Deus. Sempre caímos quando nos achamos suficientes para controlar e determinar nossa história.
    O exemplo de Jesus é: v. 7 – “esvaziou-se a si mesmo, aniquilou-se assumindo forma de escravo”. É uma atualização da “kenosis”, do despojamento e da privação. Sua forma de escravo contrasta com sua forma de Deus. Afinal, escravo é quem serve, obedece e não tem poder algum.  Conseguinte o v. 8 nos relata: “Humilhou-se e foi obediente até a morte”. Cristo chega ao extremo de sua condição de escravo, foi morto. Não de uma morte qualquer. Morte de cruz, condenação máxima da legislação romana e sinal de maldição divina na religião judaica. Mas, o que era vergonha, Deus transformou em celebração da vida - 1 Co 1.18: “Palavra da cruz é loucura, mas para nós poder de Deus”. Neste sentido, para o crucificado aqui começa o segundo movimento do texto, ao qual darei prosseguimento semana que vem, que é a caminho da glorificação. Esse caminho de Jesus é o caminho para os filipenses e para nós. Não há caminho direto para Deus sem antes passa pela descida, pela dor, pela privação, pelo despojamento e pela cruz.